O uso terapêutico da Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva ( EMTr) na reabilitação do Acidente Vascular Cerebral (AVC) teve início com primeiros estudos em 2001 com objetivo de otimizar a neuroplasticidade cerebral, ou seja, a capacidade do sistema nervoso de mudar, adaptar-se e moldar-se a nova situação após o AVC, através do estímulo eletromagnético interferir na região cortical e subcortical e aumentando as conectividades cerebrais. O resultado do tratamento depende da tamanho da lesão e o tempo do início da aplicação da Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva.
O AVC é definido no tempo em 3 fases: aguda, subaguda e crônica. A fase aguda é definida como a partir do primeiro dia do AVC até três semanas após o AVC, normalmente é o período que o paciente esta no Hospital, já a fase subaguda é definida como o período que o paciente sai do hospital até 6 meses, no entanto a fase crônica é caracterizado como o período após seis meses do primeiro dia do AVC, caracterizado pela diminuição da taxa de recuperação natural do AVC.
A aplicação de EMTr tem sido eficaz na fase subaguda e crônica do AVC. O mecanismo usado como tratamento da aplicação de EMTr é estimular a área lesionada ou inibir a área contra-lateral a lesão, pois a área contra-lateral a lesão está associado à diminuição da recuperação da área lesionada, este mecanismo de tratamento de EMTr com inibição contra-cortical a área lesionada foi comprovada pela primeira vez pelo neurologista brasileiro Dr. Felipe Fregni, professor e coordenador do departamento de neuromodulação da Universidade de Harvard, Estados Unidos.
Retirado do artigo: noninvasive brain stimulation in neurology—perspectives on the therapeutic potential of rTMS and tDCS. Felipe Fregni and Alvaro Pascual-Leone Nature Clinical Practice Neurology (2007).
A EMTr pode ajudar em 3 tipos de síndromes neurológicas clássica pós AVC, a síndrome motora que causa fraqueza no membro contra-lateral a lesão, a síndrome afásica caracterizada por alteração da formulação e compreensão da linguagem e síndrome de heminegligência a qual o indivíduo lesado pode não percebe estímulos sensoriais, tais como táteis, auditivos e/ou visuais, provenientes do campo espacial esquerdo.
Apesar da resistência da medicina convencional já existe recomendação (nível B) para o uso da Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva na reabilitação do AVC de acordo com recente revisão de estudo publicado em 2014 pela Clinical Neurophysiology (Evidence-based guidelines on the therapeutic use of repetitive transcranial magnetic stimulation).
A Clínica Higashi foi a primeira Clínica Neurológica no Rio de Janeiro e Londrina a oferecer tratamento com Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva.
Autor: Rafael Higashi , médico neurologista , chefe do setor de Estimulação Magnética Transcraniana da Clínica Higashi localizado no Rio de Janeiro ( tel: 21-34398999) e Londrina (tel: 43-33238744). Mais informações: www.estimulacaoneurologica.com.br
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