O trabalho pode ser feito em pacientes de diferentes faixas etárias, em hospitais, clínicas, casas de saúde e escolas. Realizado por uma equipe multidisciplinar capaz de escolher qual o método mais adequado a ser aplicado, acompanhamento da evolução do paciente antes e depois da introdução do animal, que irá refletir no benefício real e na qualidade de vida do paciente.
Veja abaixo as aplicações da Terapia Assistida por Animais (TAA):
. Doenças neurológicas como: AVC, lesão cerebral, Esclerose Múltipla, Paralisia Cerebral, Depressão, Síndrome do Pânico;?. Fobias?. Idosos que sofrem de solidão e depressão?. Hiperatividade, Déficit de Atenção?. Idosos em lares?. Pacientes hospitalizados?. Crianças e adultos com problemas de aprendizagem
Os animais que se tornam terapeutas são criteriosamente selecionados e treinados para a atividade prevista, passam por acompanhamento periódico com médico veterinário, garantindo o bom estado sanitário do animal e minimizando o potencial zoonótico. Outra preocupação é com a saúde psicológica e qualidade de vida do animal terapeuta que deve sempre ser tratado com muito carinho e respeito para o bom funcionamento da Terapia Assistida por Animais (TAA).
O vídeo abaixo mostra a Terapia Assistida por Animais (TAA) com os cães:
Um estudo feito em 2007, pela revista The Official Magazine of the MS Society of NSW/VIC, na Austrália mostrou os benefícios da Terapia Assistida por Animais (TAA) em pacientes com Esclerose Múltipla. Os benefícios observados foram aumento da auto-estima, equilíbrio psicológico, aumento do sistema imunológico e quadros alérgicos, diminuição da fraqueza, aumento da interdependência e confiança (2).
A Doença de Alzheimer é um tipo de demência degenerativa, progressiva e, até o momento, sem cura. Preocupação que aflige quem está envelhecendo e a seus familiares. Uma das conseqüências da Doença de Alzheimer são as alterações comportamentais como agitação, disforia, apatia, irritabilidade, comportamento motor aberrante, delírios, alucinações, desinibição são freqüentemente observado em pacientes com demência degenerativa e tendem a aumentar conforme avança a doença. Vários estudos feitos com a Terapia Assistida por Animais mostram benefícios na área do comportamento em pacientes com Doença de Alzheimer. O efeito ocorre sobre os aspectos emocionais e sociais do paciente. Os animais diminuem o estresse, a agressividade, diminuição das fugas, facilitação na comunicação, melhora da motricidade fina, melhora o comportamento social e reduz a agitação (3)(4)(5).
Assista ao vídeo abaixo e veja a reportagem do Globo Repórter sobre Terapia Assistida por Animais (TAA) na Doença de Alzheimer:
A depressão é uma doença que atinge muitas pessoas independente da idade. Um estudo de caso feito em 2005 com objetivo de apontar a Terapia Assistida por Animais (TAA) como auxílio do tratamento de doenças neuropsiquiátricas como a depressão. Foi selecionado um paciente, italiano de 72 anos, sofrendo de depressão há 5 anos com 2 tentativas de suicídio. Após anamnese foi feito o Inventário Beck – depressão acusando 42 pontos (depressão grave). Decorrido 4 meses de sessões semanais de Terapia Assistida por Animais (TAA), com um cão, feito o Inventário Beck – depressão acusando agora 10 pontos (sem depressão). O paciente do estudo teve alta fazendo manutenção periódica (7).
São vários os benefícios físicos, mentais, sociais e emocionais para pacientes e idosos na Terapia Assistida por Animais (TAA) (6):?. Aumento da mobilidade?. Ajuda a regular a pressão arterial?. Redução do estado de dor?. Evolução nas funções de fala?. Estimulação da memória?. Aumento da comunicação e sentido de convivência?. Redução da sensação de isolamento?. Socialização?. Diminuição da ansiedade?. Reações positivas a estímulos (alimentação, higiene e necessidades básicas)?. Diminuição da agitação?. Melhora no comportamento de pacientes com Doença de Alzheimer?. Melhora na condição cardiovascular
Podemos concluir que a Terapia Assistida por Animais (TAA) traz hoje, mais uma vez, os animais como nossos parceiros, sendo essenciais e ajudando a viver melhor e a superar as dificuldades que advêm do processo de envelhecimento e de um mundo cada vez mais complexo do modo de vida pós-moderno.
Para maiores informações sobre neurologia através dos telefones: 21-3439899 (Rio de Janeiro) e ? 43-33238744 ( Londrina).
Leitura Complementar:
1. LERMONTOV, Tatiana. Terapia com animais. Capturado em 16 de setembro de 2012. Online. Disponível na internet: http://www.saudevidaonline.com.br/artigo74.htm
2. BECKER, Marty, MORTON, Danelle. The Healing Power of Pets. New York: Hyperion, 2002.
3. MC CABE, B.W. ET AL. Resident dog in the Alzheimer’s special care unit. Western Journal of Nursing Reserch, 24(6), 2002, p. 684-969.
4. MONTEIRO, A. O uso da terapia assistida por animais como ferramenta para reabilitação cognitiva na doença de Alzhermer: um estudo de caso. 2012
5. MONTEIRO, A. A terapia assistida por animais como ferramenta para a redução de comportamentos agressivos na Doença de Alzheimer. Rio de Janeiro, 2009.
6. Cães Levam Alegria para a terceira idade. Diário do Nordeste. 18 de jun. 2006. Disponível em : http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo+344718>acesso em 19 de set. 2012.
7. MONTEIRO, A. O cão como co-terapeuta em um caso de depressão maior com tentativas de suicídio. 2005
8. VERNAY, D. Le chien partenaire de viés: applications ET perspectives en santé humaine. Ramonville Saint-Agne: Éditions Érès, 2003.
9. TERAPIA COM ANIMAIS: Entrevista: “animais são a cura do século XXI”. Capturado em 19 de setembro de 2012. Disponível na Internet: http://www.arcabrasil.org.br/animais/interacao/terapia2.htm
10. JULIANO, R.S. Terapia assistida por animais (TAA): uma prática multidisciplinar para o benefício da saúde humana. http://www.vet.ufg.br/bioetica/arquivos%20PDF/terapia%20assistida%20%por%20animais.pdfAcessado em 19 de set. 2012.
11. CARIOU, M. Personalité ET vieillissement – introduction à la Psycho-Gérontologie – DELACHAUX et NIESTLÉ, Paris, 1995.
12. VUILLEMENOT, J.L. – La personne âgée et son animal – Editins Érès, Paris, 1997.
Produzido por:
Andrea Nunes
Coordenadora de Educação e Pesquisa da Clínica Higashi – Neurologia Rio de Janeiro e Londrina
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