Todos os dias estamos expostos a centenas de tóxicos ambientais, incluindo metais pesados, pesticidas, organofosfatos, ftalatos, xileno, cloreto de vinila, inseticidas de piretrina, entre outros, encontrados em produtos farmacêuticos, pesticidas, alimentos enlatados, produtos de limpeza, contaminação ambiental e etc. O uso de produtos carregados de químicos tóxicos e o aumento da contaminação ambiental elevam o risco de doenças crônicas como o câncer, fadiga, alteração da imunidade, alergias , fibromialgia, neuropatias e doenças neurodegenerativas como a Doença e Parkinson e Alzheimer, pois algumas toxinas podem causar mutações do DNA mitocondrial , entretanto, tudo depende da quantidade, do tempo de exposição e também da individualidade genética de cada um.
Dr. Tsutomu Higashi, fundador da Clínica Higashi explica quais as conseqüências da Intoxicação Crônica no organismo.
Fontes Comuns de Toxinas:
Cádmio: Emissões de cádmio aumentaram dramaticamente durante o século 20, sendo que uma das razões é que os produtos contendo cádmio raramente são reciclados, mas muitas vezes despejados junto com o lixo doméstico. O cádmio pode acumular-se no corpo humano pode ocasionar perda de peso, hemorragia, rinofaringite, fibrose dos brônquios, enfisema pulmonar, danos ao fígado e rins, induzir disfunção renal, doenças ósseas e deficiência na função reprodutora, não se podendo excluir a possibilidade de atuar como agente cancerígeno no ser humano. A presença de cádmio nos produtos alimentares constitui a principal fonte de ingestão de cádmio pelo homem. Os compostos de cádmio são atualmente utilizados principalmente em baterias de níquel-cádmio e pilhas recarregáveis. O tabagismo é a principal fonte de exposição ao cádmio. Em não-fumantes, a comida é a mais importante fonte de exposição ao cádmio.
Mercúrio: O mercúrio, único metal líquido/ O mercúrio metálico é usado para produzir o gás de cloro e soda cáustica, sendo também usado em termômetros, obturações dentárias, interruptores, bulbos de lâmpadas e baterias. O metil-mercúrio pode induzir alterações no desenvolvimento normal do cérebro dos lactentes e, com teores superiores, provocar alterações neurológicas nos adultos. A população em geral está basicamente exposta ao metal através dos alimentos, sendo os peixes a maior fonte de exposição ao metil-mercúrio, além do amálgama dental. Uma vez que existe um risco para o feto em especial, as mulheres grávidas devem evitar ingestão de certos peixes, como o tubarão, peixe-espada e atum e peixes retirados de águas doces poluídas. O Brasil assinou em outubro último a proposta internacional, da Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabelece metas para banir o uso do metal altamente tóxico em até 15 anos.
Arsênico: O arsênico, talvez o mais famoso dos venenos, é o nome popular de um de seus compostos, o trióxido de arsênio — também conhecido como arsênico branco. A primeira reação do corpo à intoxicação por arsênio é vomitar mas geralmente a expulsão do veneno ocorre tarde demais a vítima pode morrer de falência cardíaca. No século 19, a Inglaterra desenvolveu uma compulsão por decorar suas casas com papéis de parede. Esses papéis eram coloridos com arsênio quando expostos à umidade, esses papéis de parede viravam culturas de um bolor que exalava trimetilarsina — um gás fatal. Hoje muitos herbicidas, pesticidas, aditivos, o solo ou até mesmo alimentos como arroz e seus derivados, como farinha, cereais matinais, biscoitos, bolos e fórmulas infantis podem conter excesso de arsênico. Intoxicação crônica de arsênico esta associado a problemas neurológicos , endocrinológicos, oncológicos e imunológicos, dependendo da quantidade e tempo de exposição.
Chumbo:A toxicidade do chumbo gera desde efeitos claros, ou clínicos, até efeitos sutis, ou bioquímicos. Estes últimos envolvem vários sistemas de órgãos e atividades bioquímicas. Nas crianças, os efeitos críticos atingem o sistema nervoso, enquanto que nos adultos com exposição ocupacional excessiva, ou mesmo acidental, os cuidados são com a neuropatia periférica e a nefropatia crônica. Em situações raras, os efeitos sobre a síntese da heme proporcionam indicadores de exposição ao chumbo na ausência de conseqüências quimicamente perceptíveis. Também os sistemas gastrintestinal e reprodutivo são alvo da intoxicação pelo chumbo.
Alumínio: é um metal muito leve, depois do aço é o metal mais usado no mundo. A intoxicação por alumínio tem sido cada vez mais estudada como fator de risco na doença de Alzheimer. Na infância pode causar hiperatividade e distúrbios do aprendizado. Inúmeros estudos consideram que o alumínio tem um papel importante na doença de Alzheimer e câncer.
Dr. Leonardo Higashi, nutrólogo e endocrinologista da Clínica Higashi explica sobre o efeito deletérico do excesso de alumínio no nosso organismo.
Ftalatos: É o grupo mais comum de toxinas em nosso ambiente porque são encontradas em cremes, aspirina, cosméticos, detergentes, alimentos congelados, recipientes plásticos, remédios em cápsulas, produtos intravenosos empacotados em bolsas plásticas, aerossóis de cabelo, inseticidas, repelentes, esmalte para unhas, acetona, produtos para o cuidado da pele, adesivos, explosivos, laquê, produtos de limpeza, perfumes, tapetes, tinta para impressoras, vidros de segurança e vernizes. Também podem causar dano no sistema reprodutivo, câncer e diminuir os glóbulos brancos. Além disso, dificultam a coagulação do sangue, reduz os níveis de testosterona e altera o desenvolvimento sexual das crianças. Os ftalatos podem afetar o desenvolvimento cerebral do feto masculino.
Cloreto de Vinila: É um intermediário na síntese de muitos químicos comerciais incluindo policloreto de vinila (PVC). A exposição ao cloreto de vinila pode causar depressão do sistema nervoso central, náuseas, dores de cabeça, enjôos, dano no fígado, mudanças ósseas degenerativas, trombocitopenia, engrandecimento do baço e morte.
Piretrinas: Geralmente são utilizados como inseticidas. A exposição a eles durante a gravidez duplica a probabilidade do autismo. As piretrinas podem afetar o desenvolvimento neurológico, alterar os hormônios, induzir câncer e suprimir o sistema imunológico.
Xilenos: São solventes encontrados em pinturas, laquê, pesticidas, produtos de limpeza, combustíveis e nos gases de descargas de carros, mas também em perfumes e repelentes de insetos. Os xilenos são oxidados no fígado e combinados com a glicina antes de serem eliminados na urina. Os níveis elevados de xilenos podem ser causados pelo uso de certos perfumes e repelentes de insetos. A exposição elevada aos xilenos cria um aumento no estresse oxidativo causando sintomas como náuseas, vômito, enjôos, depressão do sistema nervoso central e a morte. A exposição pode acontecer em laboratórios de patologia onde os xilenos são usados para processar o tecido.
Estireno: É utilizado na fabricação de plásticos, materiais de construção e nos gases de descarga de veículos. O poliestireno e seus copolímeros, são geralmente utilizados como material para empacotar alimentos. Foi descuberto que o monômero de estireno pode passar do material de embalagem aos alimentos. A exposição laboral pode ser por inalação de grandes quantidades de estireno que alteram negativamente o sistema nervoso central, causando problemas de concentração, debilidade muscular, fadiga, náuseas e irritando a membrana dos olhos, nariz e garganta.
Organofosfatos: Os organofosfatos são o grupo de substâncias mais tóxicas utilizadas no mundo e são geralmente utilizados em formulações de pesticidas. Os organofosfatos são inibidores das enzimas colinesterase cuja inibição produz uma superestimulação das células nervosas causando transpiração, salivação, diarréia, comportamento anormal, incluindo agressão e depressão. As crianças expostas a organofosfatos têm um risco duas vezes maior de terem um transtorno do desenvolvimento.
Solventes: Produtos que contêm solventes incluem pintura, tinta, revestimentos, produtos automotivos, diluentes de pintura, produtos de limpeza, tira-manchas, líquidos de lavanderia, adesivos, farmacêuticos, esmalte para unhas e eletrônicos.
Metil Butileter Terciário (MTBE) e Etil Butileter Terciário (ETBE): São aditivos em gasolina utilizados para otimizar a octanagem da benzina. A exposição a esses compostos ocorrem geralmente por contaminação de aquíferos, inalação, exposição da pele à gasolina, seus vapores e gases de descarga de veículos. O MTBE pode causar toxicidade hepática, renal e do sistema nervoso central, neurotoxicidade periférica e câncer em animais. O ETBE pode ser igualmente tóxico, pois esses compostos são similares a aqueles do MTBE.
2,4 Ácido Diclorofenoxiacético (2,4-D): É geralmente utilizado na agricultura, alimentos geneticamente modificados e em herbicidas para o gramado. A exposição cutânea e a ingestão oral ao 2,4-D foi relacionada com a neurite, debilidade, náuseas, dores abdominais, dores de cabeça, enjôos, neuropatia periférica, estupor, convulsões, dano cerebral e alterações dos reflexos. O 2,4-D é conhecido como um interruptor endócrino e pode bloquear a distribuição hormonal e causar uma descomposição glandular.
Ácido 2-Metil Hipúrico (2MHA) 3-Ácido Metil Hipúrico (3MHA): Esses são metabólitos de xilenos, solventes encontrados em pinturas, laquês, produtos de limpeza, pesticidas e gasolina. A exposição aos xilenos gera isômeros de ácido metil hipúrico. É melhor evitar ou reduzir a exposição a essas sustâncias.
Ácido Fenilglioxílico (PGO): A exposição a estireno ambiental pode aumentar os ácidos fenilglioxílico e mandélico. Evite o uso de recipientes plásticos e esponja de poliestireno para cozinhar, esquentar, comer ou beber. A eliminação de estireno pode ser acelerada com a suplementação de glutationa e N-acetilcisteína (NAC).
Ácido 2- Hidroxisobutírico (2HIB): O 2-Ácido Hidroxisobutírico é formado endogenamente como um produto da degradação de aminoácidos de cadeia ramificada e da cetogênese. Este composto é também um metabólito importante na otimização da octanagem da benzina como o MTBE e o ETBE. Os níveis elevados indicam exposição ambiental e os níveis muito altos foram reportados em transtornos genéticos.
Mono etil Ftalato (MEP): O MEP de dietil flalato é o mais abundante dos metabólitos de ftalatos encontrado na urina. O dietil ftalato é usado em produtos plásticos. Os níveis altos indicam exposição a varias fontes possíveis. A eliminação de ftalatos pode ser acelerado por tratamento de sauna.
Dimetil fosfato (DMP) Dietil fosfato (DEP): O DMP e DEP são metabólitos importantes de muitos pesticidas de organofosfatos. Tente reduzir a exposição mediante o consumo de alimentos orgânicos e evite usar pesticidas em casa ou no jardim. A exposição a esses compostos está ligada à proximidade a lugares de agricultura, campos de golfe ou áreas regularmente tratadas com pesticidas.
Ácido 3- Fenoxibenzóico (3PBA): O ácido 3- Fenoxibenzóico é um metabólito de inseticidas piretróides. A eliminação pode ser acelerada por tratamento de sauna.
Ácido Tioglicólico (TDG): O TDG é um metabólito importante de cloreto de vinila e pode indicar exposição a muitos compostos comerciais incluindo cloreto de polivinila de certas garrafas plásticas. A elevação de TDG na urina pode ser encontrada após a ingestão de grandes quantidades de cebola fresca ou após a utilização da vitamina B12 e pela estimulação do metabolismo dos aminoácidos de enxofre.
2,4 Ácido Dicloro-fenoxiacético (2,4-D): O 2,4-D é geralmente utilizado na agricultura dos alimentos geneticamente modificados e em herbicidas para o gramado. A exposição pode ser reduzida mediante o consumo de alimentos orgânicos e evitando o uso de pesticidas em casa e no jardim.
Tiglilglicina (TG): O TG é o marcador mais específico para a disfunção mitocondrial. As mutações do DNA mitocondrial podem ser resultado da exposição a químicos tóxicos, infecções, inflamação e deficiências nutricionais. A tigliglicina é medida por um metabólito que é elevado na deficiência mitocondrial de cofatores como NAD+, coenzimas que contêm flavina e a coenzima Q10. Os transtornos associados com a disfunção mitocondrial são autismo, Parkinson e câncer.
AV. AYRTON SENNA DA SILVA, 1055
3º ANDAR, GLEBA PALHANO. 86050-460
(43) 3323 8744 | (43) 3356 1616
(43) 3037- 3373 | (43) 3324 3557
43) 9 9930 0218 | (43) 9 9930 0185
RUA REAL GRANDEZA, 108
SALA 226, BOTAFOGO. 22281-034
(21) 3439 8999
(21) 9 8208 4972
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