Em abril de 2003, o New England Journal of Medicine publicou um estudo sobre crianças com baixa concentração de chumbo no sangue (abaixo de 10 µg/dL) que apresentavam declínio cognitivo. Foram selecionadas 172 crianças de 6 meses a 5 anos de idade e aplicado a escala de inteligência Stanfort-Binet nas crianças com deficiência cognitiva na idade de 3 a 5 anos. A relação entre o quoeficiente de inteligência (QI) e a concentração de chumbo no sangue foi estimado com o uso de modelos mistos lineares e não lineares, com ajuste para QI materno, a qualidade do ambiente da casa, e outros fatores.
Apesar de declínios dramáticos nas concentrações de chumbo no sangue das crianças norte-americanas e uma diminuição do nível da toxina para 10 µg/dL o Centro de Prevenção e Controle de Doenças Americano pouco sabe sobre o funcionamento neurocomportamental das crianças com concentrações de chumbo abaixo deste nível.
As concentrações de chumbo no sangue, mesmo aquelas abaixo de 10 µg/dL, estão associados com declínio do escore de QI das crianças (média de chumbo no sangue de 1 µg/dL foi associada a uma diminuição de 0,87% QI ponto). Estes resultados sugerem que mais crianças norte-americanos podem ser afetados adversamente por chumbo ambiental do que anteriormente se pensava.
Com o passar do tempo as pesquisas tem identificado que baixos níveis de exposição ao chumbo resultam em graves conseqüências para a saúde. Antes de 1970 era considerado perigoso níveis de 60 µg/dL, em 1985 caiu para 25 µg/dL, em 1991 para 10 µg/dL e em 2012 para 5 µg/dL.
Mudança dos Níveis de Concentração em Relação ao Chumbo:
Descobriu-se que exposição de contaminantes ao longo do tempo, mesmo pequenas doses diárias no organismo, podem resultar em diminuição no crescimento e retardo mental em crianças que bebem água contaminada com chumbo ou vivem em casas com pintura descascada.
Nos Estados Unidos, a cada ano, 2000 novas químicas são registradas para uso todos os dias em itens como: comida, produtos de cuidado pessoal, medicação, produtos de limpeza e produtos de cuidado com o gramado. Mais de 3000 químicos sintéticos são manufaturados em volume de alta produção (HPV = >1 milhão por cada produto químico produzido ou importado nos Estados Unidos todos os anos).
Durante a gravidez, exposição ao chumbo no pré-natal está inversamente associada a metilação do DNA genômico no sangue do cordão umbilical. O feto pode ser influenciado pelo material materno com acúmulo de chumbo, o que pode influenciar na marcação genética e suscetibilidade a doenças durante todo curso de vida.
Efeitos Neurológicos da Retenção de Chumbo no Organismo:
– Alteração de comportamento e desordem da aprendizagem (TDHA e ADD);
– Déficit sensório (auditivo e visual);
– Déficit motor e disfunção cognitiva
– Memória pobre, depressão, confusão;
– A população idosa existe um aumento do risco devido ao chumbo acumulado no osso cair na corrente sangüínea.
Veja no vídeo abaixo como acontece a intoxicação com o chumbo, os sintomas e qual o risco do indivíduo contaminado:
A compreensão da toxidade do chumbo avançou muito nas últimas três décadas com foco do efeito de altas doses para as conseqüências da exposição em baixas doses. Técnicas mais refinadas tem mostrado que pequenas doses de chumbo, mesmo mínimas, podem causar efeito deletérico no corpo. Um dos grandes problemas da intoxicação de baixo nível é que a pessoa não manifesta sintomas visíveis.
O tratamento da desintoxicação do chumbo é um longo processo e demanda uma abordagem múltipla como exemplo o uso de substâncias como o DMSA, DMPS, EDTA, Quercetin, Methionine, Taurina, Thiamine, Arginina com DMSA, Ácido Lipóico, Vitamina E, N-acetylcysteína, alimentar como a curcumina, alho, preferência a alimentos orgânicos e ainda revisão do estilo de vida para evitar agentes que possam conter chumbo.
Para mais informações sobre diagnóstico e tratamento por intoxicação por chumbo entre em contato com a Clínica Higashi 21-34398999 ( Rio de Janeiro) ou 43-33238744 ( Londrina).
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